domingo, 24 de janeiro de 2021

Aranhas Salvíficas + Campos Trindade + Ana Paganini


- texto - entrevista de A. Prado Coelho, no «Público», «P2» (fotografia daí), para o fecho de mais «um Templo» do Chiado,  «Campos Trindade», na Rua do Alecrim, 44;
-  já referido noutro verbete - ( e no do saldo de livros de MEC, em 2016...)  - muitas histórias, as do «titular», que informa que as irá recontar em futuro Livro; 

RECORTE INICIAL: 

A chave que Bernardo Trindade tira de uma gaveta e coloca em cima da mesa é grande, pesada, parece feita para fechar princesas em torres de castelos. A primeira vez que, há muitos anos, tentaram abrir com ela a porta da biblioteca de um palácio próximo da Sé de Lisboa não funcionou. Para chegar ao tesouro guardado por aquela chave, foi preciso oleá-la e, então, sim, a porta abriu-se. Do outro lado, recorda Bernardo, havia uma espécie de véu, “como se fosse algodão-doce”, feito de um século de teias de aranha.

“Não se via nada”, conta o alfarrabista da Livraria Campos Trindade. “Tivemos de rasgar as teias com paus. Ao fundo, abri as portadas e as janelas e foi uma emoção ver aquilo. As aranhas tinham comido todos os bichos que podiam afectar os livros e estes, por não terem apanhado luz durante todo este tempo, brilhavam. Estamos a falar de livros dos séculos XVI, XVII, XVIII, o atlas Civitates orbis terrarum, um manuscrito chinês que tinha sido dado ao rei de Portugal, coisas fantásticas.  [...]

- a 14 de Fevereiro, no «P3» - dossiê fotográfico de Ana Paganini

- em 23 de Abril, no «podcast» «Grandes Leitores» [...]