Listas, para o Verão

Pedro Norton, a 8 de Agosto, lista títulos para as férias, que, pelas sínteses avaliativas (cortadas) provam que já os leu...; a azul os que R. também já leu

Começo por aquele que é talvez o romance que mais me surpreendeu e impressionou nos últimos anos: Um tambor diferente. A primeira obra do “gigante perdido da literatura americana” que foi William Melvin Kelley, [...]

O segundo livro trago-o com um misto de fascínio e de vaidade. O fascínio vai todo direitinho para a escrita do Manuel S. Fonseca, [...] A sua Crónica de África, [...] Para continuar no capítulo das memórias para este estio, falta ainda que vos fale do esquecimento. Somos o Esquecimento que Seremos é, no fundo, uma comovente forma de recusá-lo. [...]    [Héctor Abad Faciolince] 

Sigamos para Itália porque o ano foi de (re)descoberta de António Mega Ferreira. [...] Não sei, verdadeiramente, por onde comece. Só sei dizer-vos que li, de enfiada, Mais Que Mil Imagens, Roma – Exercícios de Reconhecimento, Crónicas Italianas e Itália – Práticas de Viagem. [...]  E já que por aqui andamos, isto é, por Itália, mas também pela Arrábida ou pela Lisboa de 40 ou 50, peguemos num volume ao acaso de Crónicas: Imagens Proféticas e Outras. [...] o próprio João Bénard da Costa, “nunca se leu a primeira vez. O livro não mudou, mas mudámos nós.” [...]

Termino com uma guinada abrupta a caminho de duas últimas sugestões. Uma é o romance-ensaio de Giuliano da Empoli, O Mago do Kremlin. [...] Com a derradeira sugestão acabamos, como é próprio que se acabe, muito perto do fim do mundo. Os Pianos Perdidos da Sibéria, de Sophy Roberts, [...]

Listas, em «Os inquietos»

 - 2.º (de 3 dias muito quentes ) - último da «JMJ Pedestre»; «peregrino», palavra mais citada?; 
 - pelas 9, no jardim da Praça P. C. alcança-se a p. 170 da «principal» leitura do momento

RECORTE(s)

     Tenho cadernos de notas com capas duras e vermelhas, não escrevo um diário. Faço listas. De, entre outras coisas:
     Número de amas.
     Número de  namorados (da minha mãe).

     Número de vezes que mudei de casa.

     O que comprarei quando tiver o meu próprio dinheiro.

     As raparigas mais bonitas da turma.

     Livros que li.

     Filmes que vi.

     Número de dias até fazer treze anos [...] dezasseis [...] dezoito.

     Número de vezes em que morei nos Estados Unidos (em que vivi lá, não só visitei)

                                                      Linn Ullmann, Os inquietos, 2023, pp. 155