Listas - 2023

 - as do «Ípsilon», porque outras são «só para assinantes»; dos 10 títulos para a Ficção, R. terá dois «em espera» e, a outro, já o enviou para a «BiblioPenha»... [obra de 1989 que nos leva a um colégio interno de raparigas na Suíça, nos anos 1950...» = Brrrrrr....]. ; Well...

- a do Diário de Notícias, a 31-12;

Escriba = Rosa Alface + o Quadro com o «poema do Dia»

 - lida a REPORT. da «Mensagem», ainda foi necessário perguntar ao J. em que anos nadou na piscina da Lisnave (90 a 96 ?), na então Zona da Margueira...; - aberta em OUT de 93, num Bloco novo da C. da P., como explica R. A. no V. incluso; D. lembra-se da história do senhor que se reformara, comprara uma «bruta aparelhagem», e lhe pedira uma Lista para passar o resto da vida a LER...

RECORTE(S):

[...] Ela que ainda há dias disse aos “vizinhos” do lado, funcionários do Millenium, que fechou a sucursal aqui, que há décadas que se vaticina o fim do papel, dos livros e das livrarias independentes, mas que se calhar as agências bancárias ainda acabam primeiro.

[...]

A poesia é o género literário mais acarinhado por Rosa Alface. Atrás do balcão há um quadro negro com um poema sempre diferente escrito a giz. “Tenho um orgulho imenso de dizer que não há um dia que eu não venda um livro de poesia. O que é uma coisa maravilhosa, não é?”

- com D. já a «professar», tê-la-á frequentado, nas manhãs de Sábado (General na Alm. Reis...), até à vinda para o GALH. (em SET de 96); um dia, «foi o Diabo», pois o Menino «descaiu-se», informando a General do Montante de determinadas aquisições...;

Pilhas

 - pilhas destas existiam nas cadeiras da sala da 1.ª Casa (78-79 a 96); aqui, no GALH, após a «desacumulação», e com a «quebra aquisitiva» actual (com o «contraponto» do regresso à Municipal e a leitura em FNC.s...), já não há pilhas destas [...] 

Fotografia de Sebastião Almeida, da ENTREV-REPORT a M. T. H., na «Máxima»

CCBA

 - CCBA = Casa do Comum do Bairro Alto.  é uma abertura «contra a corrente dominante» em Lisboa (a do fechamento das pequenas livrarias e, ou, concentração na Mão dos dois Grupos ...); 

Em nome do direito à preguiça, também é possível ler repousadamente numa cama, ou mesmo dormir uma sesta - NUNO FERREIRA SANTOS
- e parece ser um Espaço Não Comum - notícia da inauguração no Ípsilon - e num canal televisivo

Listas

 - nesta chuvosa manhã, da «BiblioPenha»:

- Anne-Caroline Pandolfo, Terkel Risnjerg, A leoa- Um retrato gráfico de Karen Blixen;

- James Joyce, Ulisses, [1922]; [na tradução de J. Vaz de Carvalho]; 

- Octavio Paz, O macaco gramático;

- Richard P. Feynman, «Está a brincar, sr. Feynman!» - Aventuras de um personagem curioso [1985]; 

[antes, o Mano A. entornara o Café de R. sobre o balcão, «atingindo» Malina, de INGEBORG BACHMANN [1971], na tradução da Antígona, tb. da BiblioPenha...; mais uma Despesa]

Listas

- nesta manhã, da «BiblioPenha», os 3 livros de Fernanda Botelho nela existentes, na nova edição da Abysmo, organizada por Paula Morão - [como «novos», não parecem ter sido «folheados»...]:

- O ângulo raso [1957]; [prefácio de Paula MOrão]

- A gata e a fábula [1960]; [...]; [na EST. da sala, a ed. de 87, do «C. de L.»]

- Lourenço é nome de jogral [1971];[prefácio de Paulo Alexandre Pereira]

- António Bagão Félix, Palavras descruzadas, 2022 

Listas, para o Verão

Pedro Norton, a 8 de Agosto, lista títulos para as férias, que, pelas sínteses avaliativas (cortadas) provam que já os leu...; a azul os que R. também já leu

Começo por aquele que é talvez o romance que mais me surpreendeu e impressionou nos últimos anos: Um tambor diferente. A primeira obra do “gigante perdido da literatura americana” que foi William Melvin Kelley, [...]

O segundo livro trago-o com um misto de fascínio e de vaidade. O fascínio vai todo direitinho para a escrita do Manuel S. Fonseca, [...] A sua Crónica de África, [...] Para continuar no capítulo das memórias para este estio, falta ainda que vos fale do esquecimento. Somos o Esquecimento que Seremos é, no fundo, uma comovente forma de recusá-lo. [...]    [Héctor Abad Faciolince] 

Sigamos para Itália porque o ano foi de (re)descoberta de António Mega Ferreira. [...] Não sei, verdadeiramente, por onde comece. Só sei dizer-vos que li, de enfiada, Mais Que Mil Imagens, Roma – Exercícios de Reconhecimento, Crónicas Italianas e Itália – Práticas de Viagem. [...]  E já que por aqui andamos, isto é, por Itália, mas também pela Arrábida ou pela Lisboa de 40 ou 50, peguemos num volume ao acaso de Crónicas: Imagens Proféticas e Outras. [...] o próprio João Bénard da Costa, “nunca se leu a primeira vez. O livro não mudou, mas mudámos nós.” [...]

Termino com uma guinada abrupta a caminho de duas últimas sugestões. Uma é o romance-ensaio de Giuliano da Empoli, O Mago do Kremlin. [...] Com a derradeira sugestão acabamos, como é próprio que se acabe, muito perto do fim do mundo. Os Pianos Perdidos da Sibéria, de Sophy Roberts, [...]

Listas, em «Os inquietos»

 - 2.º (de 3 dias muito quentes ) - último da «JMJ Pedestre»; «peregrino», palavra mais citada?; 
 - pelas 9, no jardim da Praça P. C. alcança-se a p. 170 da «principal» leitura do momento

RECORTE(s)

     Tenho cadernos de notas com capas duras e vermelhas, não escrevo um diário. Faço listas. De, entre outras coisas:
     Número de amas.
     Número de  namorados (da minha mãe).

     Número de vezes que mudei de casa.

     O que comprarei quando tiver o meu próprio dinheiro.

     As raparigas mais bonitas da turma.

     Livros que li.

     Filmes que vi.

     Número de dias até fazer treze anos [...] dezasseis [...] dezoito.

     Número de vezes em que morei nos Estados Unidos (em que vivi lá, não só visitei)

                                                      Linn Ullmann, Os inquietos, 2023, pp. 155 

«Blind Date» - Fonte das Letras

 - artigo do «dossiê Expresso 50 anos» sobre esta livaria, antes em Montemor, agora em Évora [...]

O blind date com livros é um sucesso: os clientes compram sem saber o quê e confiam 

Ana Baião

[...] Outra das surpresas que tem na Fonte de Letras é o Blind Date. Trata-se de livros que são vendidos embrulhados, sendo a compra baseada numa descrição. Ali estão eles, bem à entrada da livraria, embrulhados em papel pardo e cordel. “Blind Date com um romance – Procuro: Leitor ávido para compromisso sério com o romance de estreia daquele que viria a afirmar-se como um dos nomes maiores da literatura universal”, lê-se num dos volumes dentro da caixa. [...]

Dionísio, escravo, bibliotecário, ladrão de livros

 - atingida a p. 292, na ESP. do R., manhã cedo, quando o Sol ainda não «rompera» a Névoa...; (Julho, na Zmab, até agora, não muito quente; é que Abril «assustou»...)

RECORTE(S)

    Para a organização geral da sua biblioteca, não lhe bastou o seu pessoal comum. Apaixonado pelos seus livros, quis contar com os serviços de um especialista. Recorreu então a Tiranião, um desses muitos estudiosos gregos arrancados da sua pátria para serem vendidos como escravos. [...] Cícero escreve a um amigo: «Quando vieres, vais poder ver a maravilhosa organização que o Tiranião fez dos meus livros na Biblioteca.» Mas nem todos os escravos ilustrados de Cícero foram tão dóceis, nem lhe deram tantas alegrias. No Outono do ano 46 a. C., o orador escreveu uma carta ao seu amigo e governador da Ilíria (um território que hoje faz parte da Albânia, Croácia, Sérvia, Bósnia e Montenegro). Estava irritado e decepcionado. O seu bibliotecário-chefe, um escravo chamado Dionísio, tinha estado a roubar-lhe livros para vendê-los e, quando finalmente foi descoberto e ia receber o seu castigo, fugiu. Um conhecido julgava tê-lo visto em Ilíria. Cícero implora ao seu amigo, general dos exércitos destacados na zona, que lhe faça um insignificante favor - [...] - apanhá-lo e trazê-lo de volta [...]

Irene Vaçejjo, O infinito num junco, 2020, pp. 275-276

BiblioPenha

  - [devolvidos os anteriores + 2 «doações»...+ .... REQ. de hoje]:

- Eduardo Pitta, Um rapaz a arder - Memórias, 1975-2001, Quetzal, 2013

- Luhuna Carvalho, Depois da lei, Língua Morta, 2022

- Várias, Vinte grandes contos de escritoras portuguesas, Sibila, 2022 

- Blake and Mortimer, O santuário de Gondwana + A maldição dos trinta denários (n.os 18 + 19 da edição da «Asa»)

BiblioPenha

 [ambiente «confuso» na Secção de Adultos, «pacífico», na de Infantes, onde se conversou, de novo, sobre futuras «dádivas»...]

- REQ. de ontem, de manhã:

- Louis-Ferdinand Céline, Morte a crédito; [há décadas que se vinha adiando a leitura de livros de Céline...]

- Mar Becker, Canção derruída;

- Vergílio Ferreira, Signo sinal (a vir das «Galveias»)

- Blake and Mortimer, Os sarcófagos do 6.º  continente (n.os 16 e 17 da edição da «Asa»)

BiblioPenha

- REQ. de hoje:

- Amadeu Lopes Sabino, A Lua de Bruxelas;

- Carlo Levi, Cristo parou em Eboli;

- Tatiana Salem Levy, dois rios

[quanto às «dádivas», sim, «com restrições», e, primeiro há que falar com a DR.a H. P....]

- [quinta, 04, vinda de Belém] Jorge Amado, o menino grapiúna (81)

As Capas de «Um Amor Feliz»

  - na visita de hoje à BERT., a jovem livreira, formada em Jornalismo, nascida em 99, informou que, «dentro de um mês, vai para Andorra, começar finalmente a trabalhar na «área»; na conversa que se seguiu, «veio de novo à baila» a história das «Capas» de «Um amor feliz» (por onde andará o exemplar «inicial» de D.?):

- o manuscrito acompanha a exposição de Francisco Simões, num programa «Ler Mais Ler Melhor»

- mais especificamente, na RTP ARQ., em Programa da Série «O elogio da Leitura», de 88, a partir do 12.º minuto (pela 4.ª-5.ª edição ou reimpressão)

(O) Quarteto de Alexandria, por A. L. C.

 «No milénio passado, antes de fazer 21 anos,  comprei um livro que mudou a minha vida, literalmente, que me deixou obcecada por uma cidade, que me fez coleccionar tudo sobre ela e um dia, finalmente, me fez apanhar um avião para chegar lá. Esse livro chamava-se «Justine» [...] [a edição da «Ulisseia», que comprei em 88 [...]

[palavras iniciais de A. L. C., para o Livro- Programa n.º 65, da Série «Volta ao mundo...»]

- no caso de D., foi A. P. de S. e C. P. Ruivo, amiga de J. V., na C. da C., actriz que deixara de o ser para criar a filha S... ( «e o resto não se diz...») que lhe emprestou «o Quarteto», algures entre Abril de 78 e Dezembro de 80; está na E. da Sala, a aguardar «releitura» (tantos anos depois será uma «primeira leitura»...); quanto ao «Quinteto de Avinhão» (da Difel, adquirido nas «Arcadas» do T. do P....), D. terá ficado pelo meio do 3.º VOL, na Fase A. P. entre Out. de 85 e Out. de 86 [...]

Cohen: restos da Oficina

 - pensa-se sempre no que aconteceu após a morte de E. de A., quando surge uma situação equivalente, quando o artista não «testamenta» com «clareza» o que «fica para depois», «memorabilia» e outros «materiais» [...]; 

O livro de notas em que escreveu Allelujah,
em 1983-84, a mais conhecida e
reinterpretada das suas canções, 
[...] na exposição de Toronto Cortesia: [...]

- neste caso, com Cohen, as disputas por direitos e valores vários, entre Agente(s) e descendentes, em artigo, do «Público», que também roteiriza exposição do momento [...]

Monos (O caruncho dos), M. E. C.

 - em «voluntariado», R. tem-se ocupado da Limpeza dos «piores Monos» que, de quando em quando, são colocados na «Mesa das Trocas», no Palácio...; [ficaram famosos, há anos, os carregados de «bichos de prata», resultantes da Limpeza da Livraria Materna do excelso P. X....]; tenciona continuar a fazê-lo...; 

- na Crónica de hoje, M. E. C. ocupa-se da questão...; 

RECORTES:

[...] Porque é que se oferecem livros a quem já tem muitos livros? Só se mandam livros a quem já tem livros a mais? [...]

Já me tinha acontecido com os discos. A minha colecção, tão cuidadosamente escolhida, foi soterrada por monos. Esses monos, discos horríveis oferecidos pelas editoras [...]

Mas os livros são mais pesados e têm tamanhos diferentes e, por muito horríveis que sejam, custa deitá-los para o lixo. Temos de esmifrar a cabeça a pensar se conhecemos um desgraçado que goste de recebê-los, com todas as chatices daí decorrentes.

É preciso lata para oferecer um livro a quem tem mais de trinta anos e gosta de ler. Quem gosta de ler tem sempre muito para ler. E a grande surpresa é esta: as pessoas que gostam de ler gostam de ler aquilo que escolhem para ler. [...]

Biblioteca Pessoal, Borges

 - não foi possível, a Borges, listar neste livro, em curtas [...] as 100 leituras a que se propusera; ficou pelas 64 - aquisição de hoje; 

RECORTE da introdução:

[...] Maria Kodama e eu errámos pelo globo da terra e da água. Chegámos ao Texas e ao Japão, a Genebra, a Tebas, e agora para juntar os textos que foram essenciais para nós, percorremos as galerias e os palácios da memória, como escreveu Santo Agostinho. [...]

Autógrafos e Dedicatórias + «arrancar a página»

- D. possui poucas Dedicatórias; e destaca duas ocorrências: uma, com Saramago, na Feira, por volta de [...], em que, depois de assinar o Nome, S. se recordou da MAD. e da M. B., vindo abraçá-lo (a curta conversa está esquecida, naturalmente); outra, com L. A., pelo lançamento de [...], no final de [...], no Corte I., em que também colocou a sua Firma «King Size» em «M. de E.» e «Os C de J.» - comentando para a Editora, a seu lado, que «não os possuía e que aqueles exemplares estavam em excelente estado»; a fechar, perguntou a D. «se sabia quantos livros possuía...»; vai haver tempo, em breve, para uma contagem aproximada, espera D. [...]

- crónica de hoje de M. do R. P., «Autografar», de que se recorta:

[...] Também me contaram (e desta vez sei quem foi mas não posso dizer) que Saramago, que recebia dezenas de ofertas de livros em todo o lado aonde ia, incluindo festivais no estrangeiro, deixava muitos deles no quarto de hotel quando se vinha embora, tendo, porém, o cuidado de arrancar a página em que o autor tinha escrito a sua dedicatória ao nosso Nobel. Gente sábia... É que, segundo sei, autografar pode ser um perigo: [...]

- ontem, a propósito do 1.º episódio de «O crime...», que a General pensava ser o único...,, esta regougou que «a Obra do Eça [completa, do C. de L., com boas Capas, mas letra pequena...] era daquela Casa, do Galhardo, não de S. António», onde estará desde inícios do Milénio, acrescente-se [...]

Poetria ( a Livreira da)

 - artigo do «Público», com histórias de Vida, do Livro da Livreira e do Espaço - que, afinal, continua [...];

Poetria abriu em 2003 e foi a primeira livraria do país exclusivamente dedicada à poesia e teatro NELSON GARRIDO

RECORTE :

[...] Mas regressemos ao início de tudo. Dina Ferreira ouvia a ideia do filho e algo fazia sentido: uma livraria havia de ser um bom sítio para envelhecer. E havia, de facto, uma brecha comercial por preencher: “Nas grandes superfícies limitam-se a ter um cantinho dedicado à poesia. Tinha mais livros na minha casa do que a maioria das livrarias.” O conhecimento dos livreiros desses espaços era, também, pouco especializado. Um dia, numa Fnac, Dina hesitou entre o riso e as mãos na cabeça ao ouvir um trabalhador sugerir uma busca na zona de medicina a um cliente que procurava O Nariz, de Nikolai Gógol.

Na equação da ex-professora de português e francês uma outra variável se juntava: “Seduzia-me a ideia de combater a massificação das livrarias.” A missão era árdua. Muito mais do que Dina Ferreira imaginara. [...]

Galileu, Cascais

 - entrevista à Livreira Caroline Tyssen, ao «Jornal i»

Recortes:

Tinha documentos?

E eu digo: ‘Esta biblioteca é especial. Se tem para lá papelada, o melhor é irmos ver’. O senhor era juiz. Tinha sido colaborador do Pétain [...] colaboracionista, durante a Segunda Guerra Mundial. [...] Foi para a Argélia, da Argélia veio para Algés, e tinha sido juiz justamente no período de Vichy. Não imagina os papéis que encontrámos ali.

Preciosidades?

Tinha papéis de tudo: da resistência, da OAS [...], postais. O senhor do papel chegou exatamente dez minutos depois de nós.

Se calhar ia comprar ao quilo.

A peso. Os papéis até já estavam atados. Comprámos tudo… Era tanto papel que o piso ia abaixo. Tínhamos que andar pelas beirinhas. [...] Foi a maior compra de sempre da Galileu. Vivemos dez anos às custas disso. Tivemos livreiros franceses que estiveram aqui – porque começou-se a ouvir. Ainda hoje tenho posters de turismo de Argel muito bonitos. Essa foi a maior aventura da Galileu. E um dia que começou tão mal, às nove da manhã na Lapa… [...]

- Crónica de M. E. C., a 3 de Março