domingo, 22 de dezembro de 2024

Casa do Comum OU «para lá de uma Fachada estreita... + Manoel de Barros

 ... vários espaços enormes e «lisboetas» (com Saguão e etc...)»

- manhã de Inverno pouco fria e com sol; para começar a «alargar» a Caminhada, «subiu-se» a Rua da Rosa; continua a haver lojas há muito encerradas e prédios «não recuperados»; 
- primeira visita à C. do C.*** (C. da C. era outra coisa), com duas aquisições; depois o Príncipe Real e, finalmente, na Travessa (a da Madragoa era outra coisa), «As memórias inventadas» (2018, 7.ª REIMP., AlfaG.) de M. de B., com conversa com o livreiro sobre a edição em «3 caixinhas» (Planeta), de que D. só possui as 2 primeiras...; a 3.ª em PDF - AQUI
[Trindade, Carmo = Esplanadas em DEZ.!)

*** RECORTE de artigo da «Mensagem» de há um ano - Fotografia daí, também:


[...] A vida sem grandes pressas e em comunidade, continua Joana, remonta à antiga rotina do bairro onde ela e o irmão cresceram, ali mesmo no Bairro Alto, nos arredores de onde nasceu a Casa do Comum, situada no prédio de três andares com entrada pelo número 285 da rua da Rosa e que se estende até a saída traseira, pela rua de São Boaventura. [...]

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

«(des)Arrumação» (Sistemas de)

 - Único ou singular o «processo MeKiano» de (des)arrumar livros...; Crónica de hoje: «O acesso e a apetetência»
RECORTE(s):
[...] Arranjei coragem para mais uma vez tentar arrumar os meus livros. Partilho o sistema que estou a experimentar na esperança de poder ser útil para outras bibliotecas de livros, ou discos. Isto é, desarrumá-los, porque os livros arrumados ficam arrumadinhos nas prateleiras, muitas delas fora de mão, e é como se tivessem sido desterrados, [...] vou arrumá-los não por temas ou por épocas ou por nomes, mas por apetências.
[...]
Para classificar os livros, adaptei aquele jogo infantil de adivinhar onde está escondido um objecto, que vai de “gelado a a ferver. Um livro que já não quero perto de mim leva um 0, que é “gelado”. São livros para dar e vender. Os livros muito frios, de muito pouco interesse actual, levam um 1. Depois, é fácil: os frios são 2, os mornos são 3, os quentes são 4 e os incandescentes, que são os livros que os meus dedinhos choram sangue quando largam, levam o 5. [...]

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Em «ContraCiclo»? OU «não há mãos a medir para os usados»

 - numa A. Reis cada vez mais «atulhada» de «activ.des hotel.as e simil.es» [café a 1,20, ao balcão, na DCL...], numa antiga loja de Móveis, uma «expansão» da C. e S. é de destacar; vista, por ora, na «Mensagem», a de Lisboa;[no local, na manhã de sexta, 20]

RECORTE do artigo:

[...] Mas os livros usados, de ocasião, alguns deles também antigos e raros, são outra parte importante da atividade alfarrabista da Castro e Silva, que por vezes não tem mãos a medir com a oferta para aquisição. Daí que tenha os armazéns cheios. [...]

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Listas, 24 + «Uma espécie de Biblioteca» (Borges)

 - na «Visão-Sete», Ficção, 30 títulos lusófonos; 

- no «Ípsilon», 10 títulos por Lista (Ficção, Não Ficção, Poesia); 

- na «Visão - Sete»: «Ficção Estrangeira», 22 títulos; »Poesia», 7 títulos; «Banda Desenhada», 6 títulos; «Biografias», 6 Títulos; «Infantojuvenis», 5 Títulos

- os cinco Títulos de Pedro Norton («De novo o Paraíso: a minha espécie de Biblioteca...»(«) + RECORTE(s) do «preâmbulo»:

[---] E eles vão-se acumulando, numa pilha esperançosa de promessas, como se o ritmo das leituras se pudesse alguma vez acomodar ao frenesim dos interesses. Até que, derrotado, expulso do meu próprio quarto pela torre de papel, com juras convictas de os fazer ressuscitar mais tarde, os faço passar, muitos deles ainda virgens, do purgatório que é a minha cabeceira ao paraíso que é a minha espécie de biblioteca. E logo o ciclo recomeça. Um caos sem nexo discernível de referências, sugestões, críticas ou de olhares que se posam ao acaso na estante de uma livraria. A montanha reergue-se, impossível de aplacar pelas leituras de cada ano. [...]

- Os livros de 2024 (+ tendèncias de leitura...), por Ana Isabel Soares, no «Destacável», de 28 - 12, a partir de cerca do minuto 5.º; 

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

«Ler às pilhas...», M. E. C.

 - Recortes da Crónica de hoje: «Ler às pilhas é o melhor»

[...] As pilhas não podem ter mais de oito livros cada uma, para não dificultar muito a extracção. Isto sabendo que apetece sempre mais ler o livro que está por baixo deles todos.
Mas é espantosa a quantidade de pilhas que se pode ter à volta de um sofá – sobretudo com a cumplicidade de umas mesinhas e de uns jornais velhos dobrados, para não serem contaminadas pelo chão.
[...]
O ser humano lida bem com o número oito. É só uma meia dúzia mais dois: o ideal para uma pilha temática. O segredo é saber fazer as pilhas, segundo os autores, ou as urgências, ou os apetecimentos mais frequentes. [...]

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

BiblioPenha

  - Lista de Hoje:

- Adélia Prado, Poesia Reunida;

- Ana Margarida Matos e Outros, Querosene;

- Óssip Mandelstam, Crepúsculo da Liberdade;

- Paco Roca, Rugas;

- Virginia Woolf, Diário, 1915 - 1926;

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

«assinatura pessoal, paraíso, listas » (Beauvoir)

 [alcançada a p. 125, hoje de manhã]

RECORTE(s)

     Além dos meus estudos, a literatura continuava a ser a grande paixão da minha vida. A mamã fornecia-se então na Biblioteca Cardinale, na Praça Saint-Sulpice. Uma mesa carregada de revistas e gazetas ocupava o centro de uma grande sala, de onde irradiavam corredores forrados de livros. Os clientes tinham o direito de por lá passear. Senti uma das maiores alegrias da minha infância no dia em que a minha mãe me anunciou que me oferecia uma assinatura pessoal. Plantei-me diante da tabuleta reservada às «Obras para a Juventude», onde se alinhavam centenas de volumes. «E isto tudo é meu?», disse, numa exaltação. A realidade ultrapassava os meus sonhos mais ambiciosos: diante de mim abria-se o paraíso até então desconhecido da abundância. Trouxe para casa um catálogo; ajudada pelos meus pais, fiz uma escolha entre as obras marcadas com um «J» e copiei uma lista; todas as semanas hesitava deliciosamente entre múltiplos desejos. Além disso, a minha mãe levava-me algumas vezes a uma pequena loja próxima da escola, a comprar romances ingleses: duravam, pois decifrava-os lentamente. [...]
[sublinhados acrescentados]

Simone de Beauvoir (1908-1986), Memórias de uma menina bem-comportada (1958), 2023, p. 83

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Mercado Negro de Livros

  RECORTE (s) do Caderno materno:

   [...] Desde que atribuíram o Prémio Nobel a Soljenitsin pelos relatos das suas desventuras nos campos de trabalho da Sibéria, aqui anda toda a gente como louca a tentar conseguir um exemplar do livro. O Luís comprou a versão russa em Paris e há uma fila de pessoas à espera de que ele o empreste. Fazê-lo pode ser perigoso, porque o livro foi considerado propaganda antissoviética. Qualquer russo pode ser preso só por ter um exemplar na sua posse e nós poderíamos ser expulsos do país por permitirmos a sua leitura. Apesar de tudo, as pessoas estão dispostas a qualquer coisa para o conseguir. À entrada do que era antigamente o bairro chinês [...] surgiu um mercado clandestino de troca de cópias artesanais de livros proibidos, os chamados samizdat. [...]

Carmen Posadas, Gervasio Posadas, Hoje caviar, amanhã sardinhas [2008], 2024, p. 221

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Listas (para o Verão) + as Releituras de P. N.

 - lista proposta pela Revista «Visão-Sete», «encabeçada» pelo último de Vargas LLosa, e com curtas resenhas...

Ilustração de Maria Judas

- lista proposta pelo Observador: «32 Clássicos para o Verão»,  tb com curtas resenhas» 

- lista de (cinco)** Releituras, todas do Sub-género CONTO, com notas-reflexões das anteriores leituras, por Pedro Norton, a 13 - 08:
RECORTE (s):
Um risco leve e sóbrio antes de férias
     Eça disse um dia que num conto “tudo precisa de ser apontado num risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida”.
     Não sei se as sugestões que vos trago encaixam nesta perfeição queirosiana. [...] Para preparar o meu Verão, que passo há 25 anos no Pico “roxo e diáfano, violeta e rubro” que descreveu Raul Brandão, escolhi reler os que seguem. A seleção, vítima de uma memória que se vai fazendo menos linear, fruto tanto do acaso como de impressões inexplicáveis, não tem qualquer pretensão. Não é seguramente antologia de coisa alguma e nem chega a ser lista definitiva. É simplesmente o início do meu verão a fazer-se destes periódicos regressos. [...]
**:
- 1. «A Terceira Resignação» — Gabriel García Márquez (de Olhos de Cão Azul)
- 2. «Natal» — Miguel Torga (de Novos Contos da Montanha)
- 3. «Sete Andares» — Dino Buzzati. (Ficcões, Revista)
- 4. «Crónicas da Razão Louca» — Daniil Harms.
- 5. «O Rapaz de Veludo» — Ruben A. (de Páginas II)

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Listas

  de regresso ao GLH, «rotação» mensal na BIBLIOPenha:

 - Lista de Hoje:

- Angela Davis, Uma autobiografia;

- Ana Sofia Fonseca, Angola, terra prometida;

- Francisco Cota Fagundes, No fio da vida - Uma odisseia açor-americana

- Mário Cláudio, Itinerários;

- Ondjaki , Vou mudar a cozinha;

domingo, 23 de junho de 2024

Listas (Rugido, 17.º Dia)

 - nesta 2.ª Estadia de 2024 no RUG., vieram 4 títulos de Poesia (3 recentes); não se lista os de Narrativa, porque têm sido «interrompidos»...:

- João de Melo, Longos Versos Longos;

- Luís Quintais, Nocturama;

- Ricardo Gil Soeiro, Lições da Miragem;

- Nuno Júdice, 50 anos de poesia - Antologia pessoal 

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Lista do que se encontra quando se «desmancha a Casa do Luto» (M. do R. Pedreira)

 - outro poema do Livro (2022, «pós-pandémico») de M.a do Rosário Pedreira,  79 poemas em 3 Secções - (Meu-Teu-Meu) (Corpo);  

dentes

Desmancha-se a casa do luto

entre lágrimas e memórias que

fazem rir e encontra-se de tudo:

retratos de trisavós com os seus

sorrisos retocados; cédulas de

 

nascimento e cadernetas escolares;

cartas ao Pai Natal e um cinzeiro

de loiça muito feio que diz que foi

roubado num hotel em Madrid;

santinhos; receitas; programas de

 

concertos; a quadra feliz de um

manjerico; recortes de jornais que

elogiam os filhos. Tudo matéria

descartável e que, assim mesmo,

será a mais disputada nas partilhas -

 

porque as jóias e as pratas nada valem

se comparadas com a suprema relíquia:

uma caixinha que cabe na concha da

mão, onde repousam, como pérolas

autênticas, todos os dentes de leite

 

que a fada, afinal, nunca veio buscar.

 

Maria do Rosário Pedreira, o meu corpo humano, 2022 (abril), p. 29

terça-feira, 7 de maio de 2024

BiblioPenha

 - Lista de Hoje:

- Axel Munthe, O livro de San Michele;

- Cecília Barreira, Bomba;

- José Luís Peixoto, Cemitério de pianos + Livro;

- Roberto Bolaño, Poesia completa;

quarta-feira, 1 de maio de 2024

«Mais vale só...» (M. E. C.) OU «um livro a mais é como um grande Amor»?

 - também R. fez isso algumas vezes: um exemplar anotado e outro «limpo», passando de um para outro conforme as «operações-actividades»; na Crónica, MEC traça a relação paradoxal de ter exemplares repetidos («mal acompanhados»?)  de livros, antes, difíceis de obter...;

RECORTE(S):

[...] Passada uma semana, chegaram os livros da Inglaterra e desatei imediatamente a lê-los, depois de anos de apetecimento. Passada outra semana, chegaram os livros dos EUA. Fiquei com dois exemplares de cada livro.
[...]
Assim se percebe o valor de um livro – e o valor de dois. Quando não tinha nenhum – ou só um –, o valor era enorme. Mas agora o valor do segundo exemplar é, para todos os efeitos, zero.
[...] Usei os volumes a mais para fazer apontamentos, para deixar os primeiros limpinhos, mas cansei-me de estar sempre a passar de um livro para outro. Só me trouxeram problemas. [...].
O livro a mais é como quê nesta vida?
Como um grande amor?

sábado, 6 de abril de 2024

Listas (em «... {50 anos de} um país através da sua LIT.»)

 - de I. Lucas, no «Ípsilon», artigo curto, para 50 anos; uma das «consultoras (-adas)»,  propõe uma Lista - RECORTE dessa Lista:

[...] Que vozes são essas? Pires de Lima não se limita a autores, mas indica uma lista de obras a partir das quais se pode vislumbrar esse colectivo: todos os romances de Lobo Antunes, de 1979 a 2022, ou seja, do primeiro, Memória de Elefante, ao último, O Tamanho do Mundo; Alexandra Alpha e A República dos Corvos, de José Cardoso Pires. Mas também José Saramago com Levantado do Chão; Agustina Bessa-Luís e As Pessoas Felizes, As Fúrias, O Comum dos Mortais; Mário Cláudio com Ursamaior, Astronomia, Teoria das Nuvens; e de Lídia Jorge – O Dia dos Prodígios, O Cais das Merendas, O Vento Assobiando Nas Gruas, Memoráveis e Misericórdia. Os contos de Mário de Carvalho e os romances Fantasia para Dois Coronéis e Uma Piscina, e Sala Magenta e de Maria Velho da Costa, Casas Pardas e Myra. [...]

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Sá da Costa

 - de manhã, pela Sá da Costa, há muito Alfarrab.a (que nunca fecha...), além das Estantes repletas, ainda há sacos de Super, «atestados», por todos os Cantos; aí encontra R. vários títulos de J. R. M., mas a preços, enfim...; 

- com alguns tíitulos de N. J. «em falta», inquiriu o Func.o - jovem, bras.o - ; lá consultou o COMP., enumerando os existentes, mas não ali, em 2 armazéns,´ enormes; - «mas isto não é um Armazém?» - «provocou» R.

sábado, 2 de março de 2024

Listas (de Casas, Lucia Berlin)

 - no livro ABG incompleto (até 65...), noutra «Casa» referido, entre as pp. 93 e 97, é reproduzida uma lista (de 81) com 33 das Casas da Vida de Lucia Berlin - uma ENUMERAÇÃO «dos perigos de algumas»...;

RECORTE(s):
[...]
Helena, Montana - Lascas na porta da cave. Tempestades de neve.
[...]
El Paso, Texas - Baratas, entrada escura, três bêbedos maus. Seca Inundação.
[...]
Santiago, Chile - Criadas, noite e dia. Tremores de terra. Duas inundações.
[...]
Lead Street, Albuquerque, Novo México - Casa onde viveu Edward Abbey. Só um bico de gás funcionava. Nojenta.
[...]
Greenwich Street, Nova Iorque - Não havia aquecimento depois das cinco horas ao fim-de-semana. Os miúdos dormiam com protectores nas orelhas e mitenes. Eu usava luvas para escrever à máquina. Por cima de uma fábrica de presunto; passados vinte e cinco anos, o meu W. H. Hudson ainda cheira  a presunto.
[...]
                                     
                                             Lucia Berlin, Bem-vinda a casa, 2019, pp. 93-97

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Listas

  - visita mensal à «BiblioPenha», a devolver até 9 de Março:

- James Joyce, Ulisses, [1922]; [na tradução de J. Vaz de Carvalho];[será desta vez?] 

- Julián Fuks, A resistência;

- Leila Slimani, Canção doce

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Lista... (= o que R. tem andado a ler...)

 Lista de algumas das Leituras que se «entrecruzaram» nas últimas semanas... + [«estado paginal» das mesmas...]

- Annie Ernaux: Os anos (2008, 2020); [na p. 166 de 196];

- Cristina Carvalho:  Paulo Rego, a luz e a sombra - Uma forma de olhar (2023); [na p. 145, de 153];

- Domenico Starnone:  Vida mortal e imortal da rapariga de Milão (2021, 2023); [na p. 109, de 158];

 J. Rentes de Carvalho: La Coca (2011); (da BiblioPenha); [na p. 53 de 198]; RECORTE; RECORTE

- Lola Mascarell: Nessa altura já cá não estamos  (2021, 2023); [na p. 55 de 221]; RECORTE

- Mary Borden: A zona interdita (1929, 2008, 2023); [na p. 79 de 155];

Teresa Montero: À procura da própria coisa - Uma biografia de Clarice Lispector (2021, 2022); (da BiblioPenha); [na p. 166 de 769];